quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Não há ídolos

Em 1908, nascia um clube. Nascia algo que transcendia qualquer aspecto de instituição para virar paixão e vida de milhares que amassem suas cores. Em 1908, nascia o Clube Atlético Mineiro.

Em 1980, nascia um menino com habilidades nos pés e um mundo inteiro para conquistar, arrastando milhares por países e admiração por onde passava. Em 1980, nascia Ronaldo de Assis Moreira, Ronaldinho Gaúcho.

Mal eles sabiam que suas histórias iriam se cruzar um dia. Estava escrito: Ronaldo já havia conquistado a torcida do Barcelona na sua ida à terra catalã. Virou um ídolo e recuperou o sorriso dos torcedores, mas ainda faltava algo a mais.

Voltou ao Brasil, terra onde tanto ama, e tentou a sorte no Flamengo. A sorte (e os salários) não estavam do lado de Ronaldo e, sem alegria, rescindiu. Sem contrato, sem expectativa e desconfiado por aqueles que já o amaram, Ronaldo parou em Belo Horizonte. Precisava de força para se reerguer e o Galo precisava de alguém para o colocar de volta ao topo.

Ronaldo, assim como os 22 garotos, se tornou além de um funcionário do clube. Tornou-se a estrela em campo, o rei de todos nós, mas a primeira passagem faltava algo: um título. A Massa já o havia reerguido quando mais precisou e a mãe estava doente. O apoio da Massa foi recompensado: Ronaldo já não era o mesmo.

Desde então, parece ter descoberto a felicidade que nem toda riqueza poderia lhe dar. Descobriu que havia amor em terras cercadas por montanhas, especialmente em preto e branco. Descobriu que havia onde ter o sorriso e queria recompensar tudo isso que recebeu e aprendeu: nos deu o título mais importante da história, nos deu uma Libertadores.


Ainda em campo, Ronaldo olhava para as câmeras e agradecia a torcida, que ficara para sempre em seu coração. Ronaldinho Gaúcho se tornava alvinegro, assim como tantos outros ídolos. Ronaldo descobriu que para a alegria era ser atleticano.


Nenhum dinheiro fez Ronaldo sair de Belo Horizonte. O casamento não poderia ser mais perfeito: o meia precisava descobrir o Atlético e, assim, ter o que sempre quis: jogar pelo clube que ama, mesmo que essa paixão seja descoberta depois. Perdoem todos que não compreendem qual é a mágica atleticana, mas nós não temos ídolos. Nós temos jogadores que se tornam um de nós. Se tornam alvinegros de corpo, de alma e de espírito. Obrigado, Ronaldo! Você é eterno.

#vamuGALO!
Rafael Orsini
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