Era dia 23 de maio de 2012 quando aqui chegava, rodeado de incertezas, o lateral carioca. Com a missão de preencher devidamente uma posição que há anos não era bem servida, Júnior não teria facilidade, ainda mais porque havia sido dispensado do Flamengo. Ele não era um Hector Cincunegui no que diz respeito à qualidade. Mas muito se assemelhava ao uruguaio em um outro aspecto: Júnior tinha vontade, determinação. Júnior honrava o manto.
Quando o Atlético era apático lá estava o lateral para se destacar. Quando a torcida cobrava do time ele era o primeiro a responder, repassando também a mensagem aos outros jogadores. A raça de Júnior encantava a torcida, que se identificava com ele. Tal como Pierre, era um jogador com o qual a Massa sempre poderia contar. Se às vezes faltava técnica, jamais faltou raça e por isso escrevo hoje com muito pesar.
Na era do dinheiro é muito raro que se veja um jogador tão empenhado, tão "fechado" com o clube. Júnior não escolhia jogos, selecionava divididas ou deixava de correr por não acreditar mais na jogada. Estava sempre disposto a se doar à cada minuto, em prol da equipe. Jogadores assim estão cada vez mais escassos e a diretoria Atleticana pouco sabe valorizá-los. Tempos atrás escrevi sobre a saída de Lima e novamente volto a lamentar a saída de um jogador que, de fato, ama o clube. Será que realmente vale trocar um jogador que já se firmou, pela incerteza de um que possivelmente apresentaria um pouco mais de qualidade? Para a diretoria sim.
É revoltante ver que Richarlyson renovou por um único jogo decente e Júnior está sendo dispensado, sem nenhuma explicação plausível. É ainda mais lamentável a forma como ele foi preterido por Cuca, justo quando apresentava seu melhor futebol e contribuía muito para que o Atlético conquistasse a América. Em jogos como aquela virada contra o Sport, compartilhei das mesmas lágrimas de Júnior (imagem) quando ele gritava: "confia, aqui é Galo!". Realmente não acredito que o Atlético conseguirá, tão cedo, encontrar outro atleta tão dedicado como foi Júnior César.
Se você chegou dizendo que "o Atlético tem que estar envolvido em competições como a Libertadores" e hoje sai "extremamente triste, porque eu amo essa torcida", saiba que grande parte da torcida também está triste, por perder não um ídolo, mas um jogador digno de respeito e confiança. Obrigado, Júnior, por ter honrado e vestido de forma notória a camisa Atleticana neste 1 ano e meio e 71 jogos que você disputou.
"Não ceda, agora, confia que a história não vai terminar assim."
De volta ao topo!?
Pedro Henrique Uchôa
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Não dá para entender a diretoria Atleticana. Uma penaaa!
ResponderExcluirParabéns pelo texto. É realmente lamentável ver o Richarlyson ficando e o Jr. saindo.
ResponderExcluirBaita erro mandar o JR. Embora!
ResponderExcluirJúnior, você vai deixar saudades. Tenha um bom futuro no seu próximo clube.
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