"Mãe, mãe. Olha lá, o Tardelli tá ali", gritava um menino de cinco anos de idade em um restaurante de Belo Horizonte. Sentado na mesa atrás onde eu estava, a criança pedia incensantemente para tirar uma foto com seu ídolo.
Desde 2009, Diego não imaginaria que se tornaria tão importante para a Massa. Em uma passagem em que se tornou o artilheiro do ano, Tardelli ganhou o título de "novo ídolo" da torcida, o que não acontecia desde que Marques passou pelo Atlético e vestiu a mesma camisa 9 do atacante que veio do Flamengo.
Saindo em 2011, Don Diego deixou saudades em Belo Horizonte. Foi para a Rússia e, sem sucesso, se dirigiu para o Qatar, onde diversas vezes demonstrava seu carinho eterno pelo Galo e a vontade de um dia voltar a capital mineira.
Em 2009, em uma postagem do Twitter, Tardelli dizia ter tido um sonho. Sonhara que BH tinha parado após o Galo ter conquistado um título, o que veio acontecer no ano do seu retorno. Kalil atendeu o pedido da torcida e, em 2013, o "tátátá" voltou a vestir
a camisa alvinegra, sendo decisivo em algumas partidas que culminaram
no título da Libertadores.
(reprodução via Fael Lima)
Assim como a imaginação de um título parecia longe, Diego não imaginava que se tornaria tão atleticano, tão "nós". Nem mesmo nós imaginávamos que um jogador seria de tamanha representividade conforme o atacante se torna.
A fase de fato não é boa, Don Diego. Mas não se reduza, nem se lamente pelas cobranças. O cobramos por saber que você nos entende. Por saber que você SE entende. Não é fácil para quem ama o clube ver a ressaca e, as vezes (quase sempre no Brasileiro), sem ambição. Desculpe-nos se exageramos, mas só queremos o nosso melhor. Nosso, Diego. Você é um dos nossos. Tenha força para superar. Nosso apoio você tem. Recupere a metralhadora e atire, "tátátá". Estamos contigo, assim como a criança que lhe idolatra. O fardo que ostentas é pesado, mas só os bons conseguem sustentá-lo.
#vamuGALO
Rafael Orsini
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