quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Os 5 passos para voltar a vencer

Desde 1971 quando de fato houve o primeiro Campeonato Brasileiro, nenhum time foi capaz de erguer os dois troféus mais importantes do continente na mesma temporada: a Copa Libertadores e o Brasileirão. Por que, então, insistimos tanto para que o Atlético lute pelas primeiras colocações e figure sempre entre os líderes?

Com um elenco invejável (não só pelo seu valor mas também por sua qualidade) o Galo por si só já seria competente ao título. Todavia, além disso, o campeonato se mostra como um dos mais fracos fáceis dos últimos anos, senão o mais fácil. Ainda que "forças ocultas" interfiram sempre que o time luta pelo título, se nos engajássemos verdadeiramente na disputa, poderíamos quebrar outro tabu.

O que se vê, entretanto, é um time que, embora não saia derrotado, não consegue chegar a uma posição mais digna, acumulando 6 empates em 8 partidas e frustrando os torcedores. Ainda que tarde, se o Atlético conseguisse emplacar três ou quatro vitórias seguidas, somando-as ao jogo atrasado, com a Ponte Preta, já seria o suficiente para figurar entre os quatro primeiros. Mas o que falta para o time voltar a vencer?

Antes de mais nada o Atlético precisa treinar. Encurtar os períodos de descanso, uma vez que o campeonato tem datas muito apertadas, seria o ideal. Um time campeão da Libertadores não desaprende futebol de uma hora para outra. Hoje não há tática dentro das quatro linhas. Há uma bagunça generalizada, um time sem posições definidas e sem jogadas ensaiadas. Jogadores improvisados, que mal treinaram na posição, agravam o problema.

Em segundo lugar deve haver comprometimento para honrar a camisa e humildade, para respeitar os adversários. Por mais que os jogadores insistam em dizer que o time joga com raça, fica visível em alguns momentos um relaxamento, inaceitável. Se existem problemas internos, dentro de campo eles devem ser esquecidos.

Cuca deve ter o discernimento necessário para perceber que Luan não é lateral e Richarlyson não pode jogar em todas as posições (talvez não possa jogar sequer na lateral). Deve entender, também, que os lançamentos em demasia só atrapalham o futebol do Atlético. O time é talentoso demais para depender da força de Jô, que também é desperdiçado tendo que fazer constantemente a função de pivô.

Muito importante também é diminuir o preço dos ingressos. O Atlético sempre traduziu em campo a força que vinha das arquibancadas mas, com elas vazias, fica difícil dizer que o Independência é um caldeirão. A matemática é simples: se hoje o Atlético joga as moscas e recebe 160 mil de bilheteria, com o preço dividido pela metade, o público decerto quase triplicará, o que renderá aos cofres do clube mais verba do que atualmente.

Por fim, mas não menos importante, o Campeonato Brasileiro deve sim servir como laboratório para o mundial, mas não é usando 11 escalações diferentes desde o término da Libertadores que se encontrará o time ideal. As mudanças não devem ser feitas de maneira generalizada. São trocas simples que poderiam tornar o Galo ainda mais forte. Por que não utilizar o Tardelli como centro-avante, com Fernandinho ao seu lado, tentando reproduzir as duplas que deram certo em 2009? Por que não testar uma única vez uma formação com três zagueiros?

O Galo é grande demais para ocupar uma posição tão pífia na tabela, ainda mais em um campeonato nivelado por baixo. Se o xará paraguaiense deixou a ponta de baixo e em 10 rodadas passou a ocupar a ponta de cima, por que nós não podemos? Capazes vocês já provaram inúmeras vezes que são, basta, agora, querer e acreditar.

Eu quero o Galo de volta...
Pedro Henrique Uchôa

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