terça-feira, 21 de maio de 2013

Como Há 40 Anos

A década era a de 1970, época na qual fenômenos populares eram sufocados pelo Regime Militar simplesmente pelo fato das massas representarem uma afronta a ordem sob a qual o país era mantido. Tudo era controlado, manipulado e minuciosamente planejado pelos militares junto a imprensa. Para controlar as massas, utilizaram do esporte que mais mexe com a população: o futebol. Passaram a manipular os campeonatos, os resultados e alienar o povo entorno dessa máfia. Porém, atrás das Alterosas, surgia um time que desafiaria os favorecidos e toda a corrupção que os mantinha.

Time esse conhecido como Atlético, ou apenas Galo, que passou a assustar. Conquistou o primeiro grande campeonato nacional em um triangular final contra um carioca e um paulista, tinha um craque, daqueles que poucas vezes surgem no futebol, que cerrava o punho ao erguê-lo clamando pela liberdade e se opondo ao regime autoritário que comandava a nação, além do mais importante e emblemático: uma torcida que mantinha os ideais de fundação do clube e lutava contra a segregação, o preconceito e pregava que não torciam para o time, mas que eram o time. O cenário que os manipuladores temiam estava armado e se consolidando rápido. Tudo que o sistema armou estava pra ir para o ralo e não queriam permitir que isso ocorresse.

O sistema fez o que sabia fazer melhor: corromper. Final após final, ano após ano, o Galo era roubado, prejudicado, das formas mais descaradas e sujas possíveis. Quem podia impedir tal tragédia e aplicar a justiça eram os próprios manipuladores e, assim, o Atlético foi sufocado. Mas como gigante que é, manteve sua Massa ao seu lado, manteve-se gigante, esperando o dia que faria jus a alcunha de Galo forte e VINGADOR.

Hoje, como há 40 anos, o Galo desafia os poderosos do futebol, desafia o eixo, a imprensa que insiste em esconder e tratar como fato isolado cada atuação impecável desse time. Não será fácil. Irão tentar nos derrubar, seja a Arbitragem, sejam as supostas “crises” que a imprensa bairrista tenta criar, sejam as torcidas adversárias querendo desmerecer a enorme e tradicional história do Atlético.

Cabe a nós fazer a diferença, fazer com que nos temam em vez de termos medo disso tudo. Na bola e na força da torcida somos imbatíveis. Já estamos perto, aquele momento de glória com o qual sonhamos há 40 anos está mais próximo do que nunca. Não deixe de lutar, de derramar cada gota de suor, cada lágrima, cada gota do sangue alvinegro que corre em sua veia por esse time.

Se nossos adversários querem aprender com os ‘300’ de Esparta, vamos dar outra lição dessa guerra: “Não lhes dêem nada, mas retirem tudo.”

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Luís Eduardo

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