No futebol nacional, não existe uma história tão singular, no quesito
emoção, como a do Galo. Ouso afirmar que 101% dos Atleticanos já derramaram
centenas de lágrimas seja no estádio, pelo rádio ou pela televisão. já se
perguntaram se valia a pena, o que estavam ganhando com isso. Mas ouso afirmar,
também, que mesmo tendo todos os motivos para continuar sua vida sem o Atlético
e fazer a paixão pelo clube se tornar uma leve simpatia, como a grande maioria
dos “torcedores” de outros times, o Atleticano torceu contra o vento, lutou
contra as adversidades e não abriu mão da loucura, fazendo apenas a paixão pelo
Galo crescer.
De lágrima em lágrima, o medo do Atlético não corresponder nosso amor só
aumentava. Após uma fatídica Série B, goleadas para o (ex)rival, dívidas,
eliminações precoces para equipes infinitamente inferiores na Copa do Brasil e
12 anos de afastamento da Copa Libertadores, a descrença na redenção do
Atlético e a certeza de mais lágrimas a serem derramadas, era tudo que o
Atleticano tinha.
Se você perguntasse ao mais otimista dos Alvinegros o que ele esperava
do ano de 2012, no máximo ele diria escapar da zona de rebaixamento com certa
antecedência, quiçá uma quartas-de-final na Copa do Brasil. Mas jamais ele
diria que testemunharíamos o melhor jogador do mundo, na década, atuando pelos gramados
das Gerais com o manto, o nascimento de um prodígio chamado Bernard, um título
invicto declarando uma nova hegemonia no Estado e muito menos uma classificação
direta para à Copa Libertadores Dois mil e Galo.
Pois é, meus caros, atingimos tudo isso, não digo que duvidamos do que poderia acontecer, até porque ninguém, à um ano atrás poderia imaginar 1% disso. E não foi “apenas” o que citei acima que ocorreu, ocorreu principalmente um resgate do NOSSO Galo, que há décadas não víamos. Um Galo que incomoda, que causa ódio no adversário, que é temido e que dentro de seus domínios desconhece o significado de piedade e atropela qualquer um que tente se opor ao seu objetivo. Esse é o Galo que temos agora, um Galo que não vai parar por aqui, e irá pra cima, atacará a América em seu ano, e mostrará toda a raiva que guardou durante mais de 40 anos.
Portanto, digo que continuamos com nossas lágrimas, mas agora, elas são mestiças a um sorriso, a felicidade, a esperança e, principalmente, que tudo isso é apenas o começo de uma era vitoriosa do ÚNICO time das Minas Gerais. Já retomamos o Estado e assombramos o país, que venham as Américas, que venha o Mundo.
Nunca duvide de um gigante adormecido, um dia ele acorda.
Edição sobre imagem de Gabriel Castro | Observatório do Esporte
"Tendo todos os motivos para continuar sua vida sem o Atlético e fazer a paixão pelo clube se tornar uma leve simpatia..."Falou tudo,por muitas vezes quis fazer isso,mas nunca conseguir,graças a Deus que não,pois eu sem o Galo seria como um filho sem pai!!!ôooo Galo é meu amor,oba,oba,oba...
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