Certa tarde, enquanto conversava com uma atleticana
juiz-de-forense, comecei a tentar pensar a verdadeira força da Massa.
Relembramos jogos nos quais o grito de “Galo” parecia ecoar de uma maneira tão
forte pelo estádio que os jogadores, tomados por aquela força inacabável de um
torcedor jogavam parecendo tentar salvar suas vidas.
Há jogos em que os atletas parecem que não tem mais a esperança
necessária para a vitória, até ver o senhor cansado, mas não derrotado. O homem
parece ainda acreditar que tem forças para viver e passar essa sua sobrevida ao
Atlético sempre que o alvinegro precisar. Partidas como um Galo x Portuguesa,
em 2006. Em casa, o Galo perdia por 1 x 0, mas não era o sinal da morte
alvinegra. A torcida não parou de acreditar e o empate veio já no final da
partida. Estava bom? Não! Como se cada camisa na arquibancada entrasse em
campo, o vingador não desistiu e virou a partida, no último minuto de jogo.
Como pode uma torcida representar tamanha força?
A torcida e o Atlético podem ser definidos como uma sintonia
tão perfeita que é difícil distinguir quem é quem. Na verdade, a Massa e o Galo
são o casamento perfeito, onde um completa o outro e, no final das contas,
nenhum dos dois vive sem a presença do companheiro de tanto tempo.
Nessa rodada, o Galo jogará longe da torcida, mas isso não
quer dizer que a Massa deixará de apoiar. A ópera alvinegra, apaixonante para
qualquer olhar, será ecoada por milhões de corações em preto e branco e nunca
vai parar, nunca vai desistir. Nós estamos aqui, longe ou perto, gritando,
berrando e vivendo o Atlético. Nós, torcedores contra o vento, teremos a
vitalidade necessária para passar ao time, a cada jogador e mostrar: nós somos
o Clube Atlético Mineiro e vamos lutar, lutar e lutar, com toda nossa raça para
vencer!

Imagem: Bruno Cantini | Site do Galo
Agradecimento especial para a @ninagalo que contribuiu diretamente com o texto.
série B quem ganhou foi a torcida
ResponderExcluir@jovi_pereira