terça-feira, 2 de abril de 2013

O tamanho da(s) vitória(s)

 O atleticano passa, orgulhoso, com sua camisa do Atlético após mais uma vitória e escuta uma conversa lá no fundo do ônibus: "ah, o rubro-negro perdeu[...]". Abriu seu dicionário alvinegro e nada achou sobre essa palavra. Afinal, o que é perder? Há 11 partidas que o torcedor atleticano não sabe o que é "isso", seja lá o que isso for.

Quando se fala em Independência, a certeza que a palavra não irá reaparecer em seu dicionário é ainda maior. Já são 581 dias invictos dentro de seus domínios, contando com jogos ocorridos dentro da Arena do Jacaré. Um trabalho que foi de pouco em pouco e hoje colhemos os frutos.

Qual atleticano, em sã consciência, imaginaria que um Josué viria para disputar posição com mais dois volantes? Já vimos grandes times alvinegros, mas temos um elenco monstruoso. Josué já veio e mandou o antigo paradigma de "adaptação ao futebol brasileiro" para o espaço: entrou, destacou e ainda deixou sua marca. Chego a pensar como Cuca pensa: "Pierre, Donizete ou Josué?". Está difícil, treinador...

Jô, o crucificado e cachaceiro atacante, demonstra que é cada vez mais essencial ao jogo do Galo. Participa de quase todos os gols e não fica apenas plantado dentro da área. Chego a afirmar que o camisa 7 é, atualmente, o melhor jogador depois de Ronaldinho em 2013. 

Outro grande destaque desse 2000 e Galo é Diego Tardelli. A torcida não estava errada, Kalil. Será que o 9 estava fazendo corpo mole na sua primeira passagem no Atlético? Adaptação ao futebol não existe. Quem é craque não esquece a forma de jogar.

Já a zaga não existe. Réver deveria entrar com uma interrogação no lugar do número, já que sabe armar, defender e atacar melhor que qualquer jogador em outras equipes. Isso não é defesa, é mais uma forma de ataque aos adversários.

Cuca, então, nem se fala. O treinador mantém o elenco unido, faz do Atlético uma verdadeira seleção e com disputas sadias por posições. O mesmo já disse: não temos apenas 11 titulares. São vários que, juntos, fazem do Galo a maior força que representa o Brasil.

Não imaginamos o valor de cada vitória dentro e fora de casa. Ganhamos, ganhamos e ganhamos. Com esse elenco, parece algo normal. A cada nova conquista dentro de campo, a união aumenta, o time melhora e a torcida entra em êxtase com tamanho futebol demonstrado. Cuidado! Não confundamos confiança com arrogância. Ah, mas se eu não sei mais o significado da palavra "perder", isso é culpa do melhor time do país. 

#vamuGALO!
Rafael Orsini

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