segunda-feira, 22 de abril de 2013

Inferno Alvinegro

Futebol, esporte criado por um gênio. Gênio, porque com um, apenas um objeto esférico pequeno, consegue entreter milhões de pessoas simultaneamente. Porém, o público do esporte vem sofrendo uma mudança, ou melhor, uma adequação em relação aos torcedores da década passada. Adequação essa, que, causa revolta em alguns, e é arduamente defendida por outros. Assunto polêmico, que para discutirmos, temos de nos colocar no lugar de pessoas diferentes, com necessidades diferentes e atitudes diferentes. Mas sem nunca esquecermos do principal interessado, o Clube Atlético Mineiro.

É fato que o encarecimento do ingresso, dos produtos oficiais e dos serviços prestados no estádio, afasta o público de renda menor dos jogos, mas por outro lado, atrai famílias, idosos, crianças e mulheres aos estádios. Público pouco habituado aos cânticos entoados, tradições de fila, de alimentação e até mesmo da forma de assistir o jogo. Causando assim, o tradicional “senta aí”, a diminuição na força dos cantos da torcida e alimentação com salgados, ao invés de um tropeiro, por exemplo. Mas se você é um torcedor que viveu ou cresceu no Mineirão antigo, como eu, vai se sentir incomodado com tais atitudes.

A torcida do Galo se assentar em um escanteio favorável? Torcedor cantar o hino sentado? Não sei a você, mas não me desce, futebol por muitas vezes é um campo de batalha, de rivalidade, onde como em poucos, pra não dizer nenhum, outro lugar podemos manifestar nossos extintos, cantar, chorar, xingar, pular e nos unirmos a outros milhares em uma só voz em prol de uma instituição. Creio que levamos o Atlético a sério demais para irmos ao estádio apenas para um passeio, uma visita, e não para empurrá-lo a vitória.

A elitização está matando o verdadeiro torcedor, está tirando do estádio aquele jovem que junta tudo que tem para comprar seu ingresso no fim de semana. Está tirando o pai que sonha em usar suas poucas economias para levar o filho ao campo, e repassá-lo o amor pelo Galo, está tirando dos estádios, quem trata o Galo como a “Filosofia máxima de um povo.”

O Atlético tem como sua ideologia de fundação a união, o respeito e o apoio incondicional independente da sua classe social, cor da pele, preferência política ou descendência. É inadmissível assistirmos calados os almofadinhas tomarem conta de nossos campos de batalha.

Não estou dizendo que não se deve levar a família, crianças, idosos ao campo... Mas sim que se forem, que vão para apoiar o nosso Galo, cantar, apoiar, ou ao menos não mandar quem quer apoiar, se sentar ou vaiar o time, que pouco acompanha.

Só entendam que no Mineirão, o Independência, na Arena do Jacaré ou até no Inferno, se o Atlético jogar ali, ali será nossa praça de guerra, um território a ser dominado, onde devemos encurralar o adversário até que o mesmo se renda. E se não se render, temos de executá-lo. O estádio é muito mais do que um “cenário” bacana para postar sua foto de domingo ou um local para um passeio dominical.

Quem for enfrentar o Galo em seus domínios não tem que se sentir em um ambiente agradável, tem que se sentir no inferno. Um legítimo Inferno alvinegro.



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Edição sobre imagem de Bruno Cantini | Site Oficial do Galo

Um comentário:

  1. Ridículo! continue colocando time de futebol acima de Deus para ver onde você irá parar!!!! no inferno é claro!!!!!

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