É melhor não tentar identificar um culpado para uma partida tão diferente das quais temos visto durante o torneio continental. O time não se encontrou na partida em nenhum momento. Sentimos falta de Tardelli e seu substituto, que evitarei citar seu nome, foi um homem a menos dentro do Morumbi. Luan não conseguiu emplacar a velocidade constante de Bernard, fazendo com que as principais armas do Atlético estivessem sem funcionar.
A repercussão da mídia e tamanha preocupação da torcida diante ao resultado adverso se deve ao fato do pior segundo colocado, que perdeu para todos os times do seu grupo, vencer o que sobrou na fase. Vencer o Atlético virou obsessão, desejo e digno de um troféu para colocar na porta do CT: "ganhamos do melhor time da América" ou "ganhamos do time que tem Ronaldinho Gaúcho".
Estamos mal acostumados com a derrota. Esquecemos de colocar o lado que enfrentando um time tradicional, jogando diante da sua torcida e com a pressão para vencer é algo "aceitável". O que não pode ser aceitável é uma postura de desinteresse do alvinegro, de considerar a possibilidade de eliminação de um adversário direto como um mero jogo treino.
Sim, temos crédito de sobra para podermos nos vangloriar que somos o primeiro colocado geral da Libertadores. Não chegamos aonde estamos por pura sorte do nosso elenco ou azar do adversário. Mas a derrota para o São Paulo demonstrou que não há jogo ganho, não há time morto e muito menos vitória antes da bola rolar. Perdemos a oportunidade de eliminarmos o tricolor na primeira fase, os enfrentando na próxima. Água no chopp do Galo, mas que o sabor amargo acorde o elenco antes que seja tarde demais.
#vamuGALO
Rafael Orsini
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