Domingo,
23 de setembro, o dia que vai ficar para sempre em minha memória, o dia
em que sempre lembrarei dessa emoção que é torcer para o Galo.
Antes
que eu possa dar início aos fatos, terei que voltar ao passado e
relembrar como surgiu minha paixão pelo Atlético Mineiro. Paixão essa
que não tem como base histórias clássicas, tal como a herança de um pai
para o filho ou até mesmo a influências de familiares. Minha história
com o Galo veio tarde, apesar de sempre falar que já nasci atleticano,
aos 5 anos, para ser mais exato, no dia 09/06/2000 lembro de um
acontecimento chave, assistindo televisão, entre um canal e outro me
deparei com um em especial, onde falava de um time campeão mineiro, onde
falava de sua torcida, e ao ver todo o espetáculo nascia cada vez mais
dentro de mim a paixão que hoje predomina o meu ser. E depois disso não
perdi mais tempo, e é claro, pedi a meu pai que me levasse ao estádio,
pois não queria ficar um minuto a mais de fora daquela festa.
Hoje
aos 17 anos me lembro bem da primeira vez ao estádio, onde consagro de
vez meu amor a esse clube. Depois disso foi difícil me conter dentro de
casa, em dias de jogo. Com todas as dificuldades que hoje encontramos
para ir em campo, sempre faço de tudo para poder garantir o meu lugar. O
que não foi possível nesse domingo. Devido a grande procura de
ingressos, enormes filas se criavam em frente a sede, já na madrugada,
antes do início das vendas. Como não podia enfrentar a fila, decidir
comprar horas antes do jogo. O que também não foi possível.
Ai
eu me pergunto, qual seria a maior prova de amor pelo clube? Pagar 100
reais em um ingresso de 30? Ir na torcida adversária? Qual seria a maior
loucura que um atleticano faria naquele momento? Eu fui fraco em
desistir de entrar somente após 10 minutos do início da partida?
Perguntas
que foram respondidas assim que desci a Pitangui, com um sentimento de
decepção, um olhar triste no rosto, a rua já não era a mesma de antes,
vazia, silenciosa. E com o olho já cheio d'agua, com a visão embaçada
fui avistando de longe um homem que subia correndo, já perto de mim vi
que ele trazia em seu pescoço uma criança pequena e ao seu lado um filho
de apenas 5 anos. Pude ver também que em meio a pressa para chegar ao
estádio, o menino descuidado, deixo cair o ingresso do jogo. Ingresso
que me daria a oportunidade de entrar e garantir a presença em todos os
jogos no novo independência. Peguei, e sem pensar duas vezes, partir
para a portaria. Na qual cheguei e me deparei com a cena que mais me
marcou nessa dia, a cena de um pai desesperado e de um filho chorando. E
de novo, sem pensar duas vezes, agachei e expliquei a situação para o
menino entregando o ingresso para a entrada daquele que pudera ser o
início de mais uma paixão pelo Clube Atlético Mineiro.
Quando
perguntei se era o primeiro jogo do garoto de apenas 5 anos, ele com um
sorriso no rosto me deu um abraço e respondeu que sim. E olhando para
aquele menino, voltei à 12 anos atrás e pude sentir toda a emoção
novamente, poderia ver naquele momento como é maravilhoso ser
atleticano.
23 de setembro, o dia que vai ficar para sempre em
minha memória. Não pela atuação do time em campo, mas sim pelo dia em
que a emoção falou mais alto.
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