quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Agora é guerra


Guerra, no dicionário: "Inimizade declarada e luta entre nações ou partidos." Alguma semelhança com o que vivemos essa quarta feira ? Não existe Atleticano que responda não para essa pergunta. Foram muitas batalhas esse ano, algumas perdidas, outras ainda aguardam uma revanche, muitas vencidas, mas nenhum jogo teve semblante tão próximo ao de uma guerra quanto ao flamengo x Atlético de hoje, um jogo de vida ou morte, onde está em questão mais do que simples 3 pontos, mas sim a honra, a razão e o doce sabor de provar que se é superior ao inimigo.

Décadas se passaram, e confrontos memoráveis entre essas duas nações, pois ambos são muito grandes para serem chamados apenas de times, ainda são revividos em conversas sobre futebol ou ainda estão entalados nas gargantas de milhares de torcedores. Pelo lado alvinegro não há quem não soque o objeto mais próximo ou não deixe uma lágrima escorrer ao se lembrar do Brasileiro de 80, derrota no Maraca, que apesar dos pesares, consagrou o nosso Rei, Libertadores de 81, maior assalto a mão com apito conhecido na história do futebol brasileiro e talvez mundial, e Copa União de 1987, competição na qual vínhamos absolutos e por obra do destino fomos eliminados perante um Mineirão lotado. Pelo lado do animal residente de aterros sanitários e lixões podemos citar derrotas acachapantes como o 1 x 0 de 1980 perante 115.800 atleticanos loucos que fizeram cada perna rubro-negra tremer dentro do Mineirão, o lendário 6 x 1, que se faz mais lendário ainda ao nos depararmos com um show de Alex Mineiro e Mixirica, dentro do Ipatingão quando ninguém mais acreditava que o Atlético poderia se manter vivo na Série A de 2004 e mais recentemente e não menos lendário, o 0 x 3 do Galo dentro de um Maracanã com 80 mil torcedores prepotentes que davam como certa a vitória flamenguista, mais inesquecível ainda pelo show de Renan Oliveira e Castillo.

É inegável que só por ser um Galo x Flamengo, a história sabe que mais um capítulo será escrito. Mas, o Flamengo correu nas últimas páginas dessa saga, e usou de artifícios que deixaram uma mancha que borracha nenhuma conseguirá apagar. Agora é guerra, não só uma simples batalha, mas uma disputa que há anos não mexia tanto com as almas alvinegras. Todos os envolvidos tem algo em jogo, melhor dizendo, tem tudo em me jogo, a busca pelo título, a sobrevida no campeonato, a honra de uma mãe. Não esperem amizade, lealdade, compaixão e tranquilidade, pois a vitória amanhã irá para o lado que fizer seu suor virar sangue e seu vermelho misturar ao verde do gramado, irá para o lado que tiver mais garra e vontade de escrever seu nome na história do futebol.

Está na hora de ensinar para o Flamengo que de uma guerra não se corre, e que por mais que se escape de uma batalha, o contra ataque vem depois. Está na hora de ensinar para o Flamengo que com mãe não se brinca, muito menos se ofende. Está na hora de mostrar para o mundo que o Galo voltou, e provar que somos, literalmente, vingadores como nunca antes. Está na hora de incomodar de novo, de sermos odiados e temidos pela corja imunda do futebol nacional. Não haverá outro dia, outro jogo, outra batalha, pois dessa guerra um não sairá vivo. Chegou a hora, e tudo que podemos dizer é que lutaremos lado a lado, não correremos, abandonar e duvidar não fazem mais parte do nosso vocabulário.

Podem ter feito uma mãe chorar, mas faremos dezenas de milhões de filhos chorarem o dobro.

                                                                Luís Eduardo de Souza
                                                                        #VamuGALO


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2 comentários:

  1. sempre será uma guerra contra a mulambada !
    Morte ao Flamengo

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  2. Está na hora de mostrar para o mundo que o Galo voltou, e provar que somos, literalmente, vingadores como nunca antes...

    mitou!

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