segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chapelando 19

Que Atlético é esse que assusta os adversários até fora de seus domínios? Que Atlético é esse que tem suas esporas afiadas e, como um típico Galo forte e vingador, deixa os seus marcadores sem o rumo de casa? Esse é o "novo" Atlético. Comparado com o ano passado, somos uma máquina, imparável e incansável rumo ao seu objetivo: a liderança do campeonato!

Cinco vitórias, um empate e uma derrota. Melhor defesa do campeonato, o Atlético foi rumo ao Olímpico e trouxe consigo três pontos, dois chapéus e um goleiro de seleção. Uma cartada de mestre, um verdadeiro espetáculo. Algo que talvez nem o mais otimista dos torcedores esperava que aconteceria. 

O time que começa o ano desacreditado, desconfiado desde um trágico 4 de dezembro. Esse mesmo time, reposto por poucas contratações, traz para sua torcida um título mineiro invicto. Já na Copa do Brasil, seu desempenho nos traz de volta a desconfiança: uma desclassificação para o Goiás e o fim de mais um sonho. Vamos voltar todas as atenções para o Campeonato Brasileiro. "Mas com que elenco? Quem é o craque desse time?", perguntavam-se a maioria dos torcedores.

Eis que Ronaldinho aparece com a camisa alvinegra. A surpresa não se resumiria somente para os torcedores atleticanos, mas sim para todo o mundo. O craque era, a partir daquele momento, Ronaldinho Mineiro. E, com ele, o Galo agora tinha renovado a esperança de seus torcedores. 

Vieram os mais diversos adversários e a união dentro de campo era altamente notável. Mesmo quando o resultado não era como esperado, o Atlético mostrava a postura de um time aguerrido, que não tinha medo e que sabia como fazer o melhor do futebol. Se não era na técnica, era na raça.

Nesse último jogo, a vítima foi o Grêmio. Ronaldinho era ovacionado pelos gritos de pilantra, mas venhamos: uma prata da casa roubar três pontos dentro de onde foi criado realmente é uma pilatragem (risos). O gol era protegido por Giovanni que, mesmo com a contratação de Victor, mostrou que é profissional o suficiente para exercer e bem a profissão, protegendo a meta alvinegra. A zaga se mostrava unida, o meio era sólido, com os volantes segurando os ataques e os ofensivos em uma rápida e fácil troca de passes. O ataque sabia como e quando concluir. Mesmo desperdiçando chances, trouxemos com o gol os três pontos.

Não o gol, pois isso não pode ser chamado de apenas "gol". Uma pintura iniciada por Bernard e finalizada com Jô. Dois chapéus, um toque para trás e a conclusão para dentro da meta de Grohe. Bernard, ao jogar a bola para cima, possa ter pensado: "é no alto que o Atlético ficará e é no alto que nós o deixaremos". Ao concluir para o gol, Jô pode ter pensado que "é com essa tranquilidade que o Galo será o líder". E é assim que nós nos tornamos líderes. Com a qualidade de Bernard, a frieza de Jô e a maestria de Ronaldinho, juntamente com a qualidade de todo o grupo, o Alvinegro das Gerais dá chapéu em todos os adversários que passarem por nós. Serão 19 e todos conhecerão que o Galo Forte Vingador ficará no alto como o chapéu de Bernard e será líder com a tranquilidade de Jô.

Saudações Alvinegras!
Rafael Orsini

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