Acabou-se o que era doce

Final sem gosto, como nunca antes aconteceu. Um time que parece não ter vontade, diferente dos outros Atléticos que víamos há certo tempo. A Massa já não está conseguindo ter a paciência com o time e o time ignora o patrimônio maior do clube. O que acontece em campo parece ser um grupo que vira as costas à torcida e joga para seu salário.

Tentamos apoiar, mas o futebol apresentado não nos permite. Falhas, falhas e mais falhas se repetem. Jogadores nos culpam, como se nossa presença os atrapalhassem. Não, jamais! Nós estamos ali para darmos a voz, fazermos o que sempre fomos: sermos a camisa 12, a diferença em campo. Gritamos, mandamos o time ir para cima e... nada. Uma mistura de desânimo e sentimento de impotência aflige o atleticano. Sua voz é descartada, jogada de lado. Sua força ignorada. O dinheiro hoje conta mais.

Não peço mais raça aos jogadores que estão em campo. Como disse um atleticano que estava no estádio, "você não pede dinheiro a um mendigo pois sabe que ele não tem como lhe dar". A mesma lógica se aplica a vontade de alguns jogadores, vide Richarlyson.

Aliás, perseguição é história para boi dormir. Você nunca mostrou o seu futebol nem o motivo que foi contratado, Richarlyson. Alegar que a torcida está pegando no seu pé é tentar tapar o sol com a peneira, esconder o que você nunca foi: jogador. Tenta jogadas com efeito quando, no máximo, consegue dar um chutão à frente (como disse Rica Perrone em seu texto). Desculpe-me Richarlyson, mas a perseguição que você deveria ter é para encontrar seu futebol. Se é que ele um dia existiu...

Era paciência, hoje é impaciência. Era apoio, hoje é revolta. Era amor, hoje... Bom, hoje, ontem e sempre continua sendo amor. A diferença é que cansamos de passar a mão na cabeça de jogadores que desrespeitam o manto. Só façam por nós um pouco do que fazemos por vocês. Será pedir muito?

Saudações Alvinegras!

Rafael Orsini