terça-feira, 17 de abril de 2012

Que comecem os jogos!

Um campeonato que sequer serve de base para uma temporada que se inicia. Esta é a mais pura verdade sobre o estadual mineiro. Campos judiados (embora estes não fujam da realidade nacional), estádios vazios, adversários que jogam fechados e sempre previsível: os grandes da capital e mais um time do interior, na segunda fase. É aí que a competição se inicia e os testes começavam à adquirir maior nível de dificuldade. É, então, a hora de trabalhar.

A reta final não permite erros e só há espaço para vencedores. Jogos decisivos que mostram se a equipe está ou não, ao menos, em condições de disputar uma competição de maior nível. Se não obtêm sucesso no regional, com a fraquíssima qualidade que vigora, como que se pode ter sucesso em um campeonato de âmbito nacional? É o momento de rever tudo que já foi feito e corrigir os erros, para que saiamos da inerte situação: escassez de títulos.

Paralelamente à competição, surge o mata-mata da Copa do Brasil, que aparentemente mansa, esconde zebras por trás de quilômetros viajados para as partidas. São acanhados estádios que reservam pequenos times que buscam espaço no cenário nacional. Se mantida a falta de comprometimento do atual plantel, temos tudo para sermos eliminados precocemente da Copa. Raça, luta e determinação. Antes rotina, vira um pedido dos torcedores.

Em um "piscar de olhos" chega o Campeonato Brasileiro e aí as coisas se complicam ainda mais. Jogos pegados e equipes com qualidade; estádios lotados e torcidas numerosas e apaixonadas. Ingredientes que só as mais preparadas equipes conseguem suportar para saírem vitoriosas do gramado. Fica então a pergunta: o Atlético é capaz? Tomando como base o desempenho mostrado nos primeiros jogos, tudo indica mais um ano de fracassos.

Todavia, só mesmo a maratona de jogos poderá provar a eficácia do nosso elenco. Lesões mostram se preparação física é a ideal: alguns já cederam e ocupam as relaxantes banheiras de hidro-massagem. CHEGA! Já cansamos de mercenários que desrespeitam o Atlético e não mostram serviço dentro de campo. Cansamos daqueles que "pipocam" nos momentos decisivos. Que esta temporada seja o basta, que ela seja diferente. Nós cansamos...

É, eu devo estar errado. Agora não é hora de protestar, afinal, até mesmo a motivação de um jogador ao enfrentar pequenos e singelos adversários é diferente da motivação ao enfrentar fortes rivais, ao presenciar clássicos. Já mostramos aos jogadores que a paciência acabou: se não jogarem por nós, não ficaremos calados; protestaremos, xingaremos e cobraremos o melhor para a "entidade venerada por milhões". A "seca" já dura longas décadas.

A palavra é motivação: não adianta ter qualidade se não há vontade. Não adianta ter infra-estrutura se não há garra. Algum impulso tem de ser dado. Uma palavra forte deve ser soada para que os jogadores entendam a missão que é vestir esta camisa. Seja vinda do Presidente, de um torcedor, de um zelador; não importa, o que importa é a reação que por ela será gerada. O efeito, as consequências: nós queremos vontade, queremos raça!

O momento é esse. Tudo (nada) que passou não teve o menor significado, não era mais que obrigação. Agora é a hora dos jogadores mostrarem à quê vieram. É hora de lutar, de nos honrar. "Que comecem os jogos!"

Eu quero o Galo de volta!
Pedro Henrique Uchôa


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Edição sobre imagem de Bruno Cantini | Site Oficial do Galo

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