quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Cultivando o Atleticanismo

Você, Atleticano como qualquer outro, já ouviu dizer que pessoa tal conhece o alvinegro mais fanático. Errado. Não existe menos Atleticano do que o outro. O sentimento que esse clube nos proporciona é algo inexplicável, infundável e incomparável.

Eu, Rafael Pinho, sou de uma família preto e branca. Meu avô viveu o ápice da paixão e chegou a, inclusive, sofrer um infarto dentro do Mineirão. O mesmo, após este episódio em 1978, deixou o fanatismo de lado para preservar sua saúde, mas a paixão já havia contagiado sua descendência. Seu filho, mais exatamente meu tio Marlúcio, vive esse amor e não podia ser diferente: contagiado pelo amor, passou aos seus sobrinhos, incluindo-me e, posteriormente, passou ao seu filho, Heitor.

O texto abaixo é retirado do vídeo que o Marlúcio produziu para a festa de um ano do Heitor. O autor é desconhecido, mas o personagem é você, Atleticano.

"Todas essas histórias começaram em 25 de março de 1908 quando um grupo de jovens se reuniu no Parque Municipal, em Belo Horizonte. Não imaginavam que estavam, para sempre, mudando a história do futebol. Não imaginavam que estavam criando um gigante e a mais fiel e espetacular legião de seguidores de todos os tempos. 

O Atleticano vibra diferente, ele torce de forma diferente. Enfim, ele se manifesta de forma diferente. Por que? Será por que? Será que todo Atleticano já conseguiu se perguntar, exatamente, o porquê que ele se manifesta dessa forma? Para refletirmos um pouquinho, eu acho que teríamos que voltar na história do clube.

O apelo popular quando esse clube foi fundado. De repente, um sobrado na rua Goiás, as pessoas fazendo vaquinha, se esforçando e o Atlético tinha seu primeiro uniforme, com muito esforço. Pouco tempo depois, outra vaquinha, outro esforço e conseguimos a bola, artefato que naquela época praticamente não existia. O futebol estava aparecendo, estava sendo descoberto. Pouco tempo depois, tínhamos o primeiro campo. Não era um campo, era um lote vago próximo a rua Goiás doado por um vizinho do Clube Atlético Mineiro que estava nascendo. Mas não tínhamos as traves. Traves estas, então, que foram doadas pela prefeitura de postes que não eram utilizados, postes de madeira. O Atlético tinha suas seis astes, as suas duas primeiras traves.

A partir daí os quarteirões, os bairros, o centro da cidade se movimentava, crescia em prol da ajuda de construir o que era o clube dos meninos. Aqueles que queriam enfrentar os que tinham dinheiro em BH, gente da elite que praticava o tão falado futebol, esporte coletivo que estava aparecendo. De repente os meninos começaram a vencer aqueles que tinham realmente força, aqueles da elite. Os primeiros torcedores do Clube Atlético Mineiro não eram torcedores, eles eram o próprio clube, se sentiam o próprio alicerce do clube porque atráves dele a instituição conseguiu existir.

É assim, fazendo uma reflexão, que a gente pode entender como é o perfil psicológico da torcida do Atlético. Algo inexplicável passado de pai para filho. Por que você, Atleticano, torce diferente? Porque você aprendeu a torcer diferente. Porque você aprendeu a ser diferente. O Atleticano, evidentemente, não torce, não vibra. Ele verdadeiramente celebra a sua própria identidade."


Saudações Alvinegras!
Rafael Pinho Orsini

12 comentários:

  1. Foi assim comigo quando meu pai me levou a um jogo do Galo contra o Uberlândia em 1981, e é assim com meu filho de 8 anos o @GalossempreJr, quando o levei a um jogo contra o próprio Uberlândia em 2008, sentimento de amor sincero ao alvi-negro passado de geração à geração!

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  2. Se não fosse a hereditariedade que faz o Clube Atlético Mineiro, não estaríamos aqui, para torcer pelo clube que pouco nos recompensa dentro de campo, mas não deixamos de carregar nas costas, de gerações à gerações.
    O Galo é amor e paixão, levada de pai pra filho. "O Senhor, é alvinegro, alvinegro eu também sou."

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  3. Bacana pra caramba o Texto. Concordo com o início do texto, não existe atleticano mais apaixonado do que o outro, existe atleticano.
    www.notigalo.com

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  4. Muito lindo, de arrepiar, e sim não existe mais nem menos, existem atleticanos que ama sempre e pra sempre. Que video lindo, a massa é assim feita de paixão de familia, e ninguem que não seja atleticano jamais entenderá esse amor...

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  5. Acho paia colocar foto do 'pequeno galinho' na beira do mar. Cá entre nós, o Galo sempre morria na praia.. Galo e mar não combinam

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    1. Jon, a ideía da imagem é mostrar o pequeno atleticano. Pode se levar a consideração que ele está olhando para frente, ou seja, olhando o horizonte, o futuro do Galo.

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  6. Saquei, agora eu entendi o significado da imagem.

    Bom, aproveitar e deixar uma opinião: Vocês podiam mudar o nick do Twitter @PaixãoBlog para @AtleticanismoNaPraia. Seria mais haver com as palavras que estão tentando nos passar... #FicaAdica

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    1. Mas amigo, isso foi um texto, não o significado do blog em si.
      O Paixão é um blog de múltiplas crônicas, não tem esse nexo.
      Olhe depois os nossos antigos textos e você verá.

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  7. A equipe Paixão Preto e Branca está de parabéns! Muito bacana o site e principalmente as notícias via Twiiter. Curti muito o vídeo do Danilinho que postaram na conta no Youtube também. Poxa, dou maior força e peço apoio para vocês para sempre estarem motivando a os leitores-torcedores nas suas publicações. Pois, acreditem, dezenas de leitores-torcedores leram parte de suas publicações. #Galo

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  8. Muito bom o texto. Realmente o amor que o atleticano sente pelo clube não é diferente entre cada torcedor. Todos sentem o mesmo, uma paixão indescritível. O Clube Atlético Mineiro é a nossa vida !

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  9. maycon_sg@hotmail.com twt[@vamogalovencer]12 de janeiro de 2012 às 00:54

    minha historia com a instituição Clube Atlético Mineiro mostra o quanto eu sou diferente por ser Galo Doido sou filho de pai e mãe e 2 irmão cruzeirenses mais o Galo é a minha vida o meu amor Galo uma vez ate morrer...

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