
Dia 27/11, durante o jogo contra
o Botafogo, achei em certos momentos que a Arena do Jacaré cairia de tanta
emoção. Famílias, crianças e jovens estavam todos juntos, comemorando e vivendo
aquela emoção que só o Atlético permitiria sentir. Cada gol, cada garra
demonstrada pelos jogadores em campo parecia ser realizada pelos torcedores que
vibravam incansavelmente.
Guerreiros em campo: assim é a
melhor definição para o momento que o Galo vive e demonstra. Cada camisa preta
e branca em jogo trazia consigo a força de milhões de corações alvinegros, que
bombeavam o sangue vingador de volta ao costumeiro ritmo antigamente imprimido.
Um massacrante 4 a 0 e a quebra de um
tabu vieram, resultando em momentos de alegrias e alívio que nos acompanharam na
volta para casa.
O antigo risco de rebaixamento
foi encerrado de vez. O peso do sofrimento próximo ao Z4 foi afastado com cada
abraço dado entre os companheiros de arquibancada, cada grito de Galo e cada
sorriso no rosto. A alegria proporcionada pelo Atlético faz algo inexplicável: uma
criança, em um ônibus lotado, puxar o hino; um senhor morador da região de Juiz
de Fora sair da sua cidade só para ver o Galo jogar... Isso é sangue alvinegro
que ninguém vai derramar. São alguns exemplos de camisas dozes até a morte.
Vi uma frase que se resume no
sentimento que todo atleticano sentiu durante esses dois anos: o sofrimento
serviu para eu aprender a ser atleticano de verdade ao invés de olhar apenas as
“contratações do século”. Isto é a maior verdade do atleticanismo atual.
Aprendi a ver que o Atlético é feito pela torcida que reergue o time sempre que
necessário, não por nomes passageiros, diferente da história do Galo.
Os males espantados serviram para lavar a alma
alvinegra. O maior dos problemas se foi e, dessa vez, deve se trabalhar para
que eles não se repitam por aqui. Muito obrigado aos jogadores que lutaram até
o fim para que o decesso não se repetisse na história atleticana. O aprendizado
deve ficar para que a disputa dos próximos anos seja entre os primeiros
colocados.
A guerra para nós já foi ganha,
mas temos mais uma batalha pela frente. Acreditem: o prêmio será muito melhor
se fecharmos nossa “conquista” com chave de ouro.
Saudações Alvinegras!
Rafael Orsini

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