terça-feira, 18 de outubro de 2011

Torcendo a Favor do Vento

Já dizia Roberto Drummond: “Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento.” Essa frase justifica e explica toda inimizade de nós, atleticanos, com esse fenômeno meteorológico chamado vento. Mas hoje vou provar que nem sempre ele soprou contra nossas cores.

A história que hoje venho lhes contar começou numa cidade localizada a mais ou menos 180 km da capital mineira, chamada Felixlândia, em 15 de março de 1971. Foi nesse dia e nesse local que uma leve brisa nasceu. Essa brisa tinha nome e sobrenome: Euller Elias de Carvalho. Com o tempo a brisa foi ganhando força até que chegou à capital mineira.

Em Belo Horizonte a brisa virou o “Filho do Vento”. Jogou pelo América-MG nos anos de 1988 até 1993, quando foi para o São Paulo, ficando por lá até meados de 1995, quando voltou a Belo Horizonte, mas dessa vez para jogar no Galo. Aqui, o Euller fez com as defesas adversárias um verdadeiro vendaval. Seu jeito de garoto, velocidade, gols e principalmente assistências, fizeram da torcida inimiga do vento a maior admiradora de seu filho.

No Galo, o “Filho do Vento” se tornou um verdadeiro furacão, entrava na área e levava aos ares a defesa adversária e ao delírio a Massa atleticana que gritava “FILHO DO VENTO, EU EU EU EULLER”.  Foi assim durante os anos de 1995, 1996 e início de 1997 quando uma corrente de ar o levou de Belo Horizonte.

Daí passou por Palmeiras; Japão; Vasco (onde fez com Romário uma dupla fantástica); Japão outra vez e São Caetano em 2004, quando teve seu nome gritando por um Mineirão inteiro mesmo estando no tive adversário.

Em 2005 a Massa pediu e Euller voltou para a assoprar pelos gramados das alterosas. A dupla com Marques era um sonho para a nação atleticana porém, durante o ano, eles pouco jogaram juntos. Nos momentos de dificuldades que o time passou naquele ano, o “Filho do Vento” ao contrário de seu pai, se mostrava atleticano. Após a partida em que o Galo havia perdido de virada para o Fortaleza, Euller, mesmo no banco, chorou. Chorou como um verdadeiro apaixonado que sentia a segunda divisão cada vez mais próxima. Seu jogo de despedida com a camisa alvinegra foi contra o Juventude, pela última rodada do Brasileirão daquele ano. O time já estava rebaixado, mas ainda assim o último jogo do “FILHO DO VENTO, EU EU EU EULLER” ficou marcado por ter feito naquela partida seus dois últimos gols pelo Atlético.
O saldo com a camisa do Galo foi positivo, prova disso é que enquanto Euller esteve em campo, o vento nunca fora tão adorado pela nação alvinegra.

Euller ficou os cinco últimos anos de sua carreira jogando pelo América, até que no dia 16 de maio de 2011, após 23 anos de carreira e aos 40 anos de idade, o "Filho do Vento" parou de voar pelos gramados do Brasil e do mundo.

Escolhi Vento Ventania de Biquini Cavadão, como trilha sonora para os gols. O motivo é simples: Euller veio como uma ventania que ajudou o Galo, assim como na música, em que o autor pede ao tempo todo ajuda ao vento para chegar aonde quer.





ABRAÇÃO MASSA!
ABRAÇÃO EULLER!

Matheus Canazart


3 comentários:

  1. É saudade dos bons tempos do #Galo. Hoje lutamos para não cair. Salve Galo

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  2. Euler realmente foi um grande jogador. Foi carrasco do Galo jogando pelo Palmeiras e um furacão jogando pelo Galo (na 1ª vez). Merece todas as homenagens e vcs foram muito felizes em escolhê-lo.
    Parabéns, o blog está muito bom.

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  3. agora o idolo ta jogando showbol

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