Era dia 27 de novembro. Mais uma vez eu e meu pai saíamos de casa para ir ao Mineirão assistir mais um jogo do Galo. Seria mais um domingo normal se não fosse a situação do clube que amo, o time estava em 20º lugar no campeonato disputado por 22 clubes e com a difícil missão de tentar, nas últimas rodadas, sair da zona incomoda. O time do Atlético precisava vencer o Vasco e em seguida o Juventude, além de torcer para dois tropeços da Ponte Preta, contra Corinthians e Brasiliense.
Para o início de partida o Mineirão estava com grande público, exatamente 42.421 pagantes que acompanhariam ao jogo no qual o técnico Lori entraria com oito dos onze titulares sendo da base. Os “medalhões” não tinham dado resultado durante todo campeonato e esses nos colocaram em tal situação. O jogo começara, olhos vidrados em campo e ouvidos ligados no radinho para saber como estava o jogo entre Ponte e Corinthians (nunca os atleticanos torciam tanto para o Corinthians). O Galo precisava do resultado então partia pro ataque, o Vasco só se defendia. Para aumentar a apreensão aos 16 minutos do 1º tempo, gol da Ponte Preta no jogo contra o Corinthians. Os torcedores, a partir daí, empurravam o Galo rumo ao ataque. A equipe tentava, tentava e tentava, mas se os chutes quando não passavam rente a trave, eram defendidos pelo goleiro vascaíno. No fim do primeiro tempo, veio a notícia que o Corinthians havia empatado o jogo contra a Ponte. A torcida comemorava e torcia para que o Galo fizesse o gol da esperança, mas em pouco tempo o árbitro apitou o fim do 1º tempo de jogo.
Durante o intervalo, o que se via no Mineirão eram comentários do tipo: “O Galo está jogando com raça, se esses garotos tivessem jogado desde o inicio do campeonato a situação seria bem melhor”. Mas como “se” não ganha jogo, logo no inicio do segundo tempo Renato marcou para o delírio da torcida, que não havia visto que o bandeira havia marcado impedimento. O time tinha raça e continuava a partir pra cima do adversário e nem mesmo o pênalti marcado para o Vasco diminuía a esperança da massa, que viu o jovem, promissor e matador goleiro Bruno defender a cobrança do baixinho Romário. O tempo passava e a esperança ia dando lugar ao desespero. O final do jogo ia se aproximando o Corinthians havia feito 3 x 1, já no finalzinho de jogo. Porém, o gol da esperança, o gol que nos salvaria da temida Série B não veio e, apesar de toda luta, o Clube Atlético Mineiro estava rebaixado para a divisão de acesso do Campeonato Brasileiro.
Alguns jogadores e torcedores não acreditavam no que acabara de acontecer e choravam, ou simplesmente perguntavam aos céus o porquê daquilo. Porém, a maior emoção que vivi no Mineirão veio logo em seguida, quando o choro deu lugar ao hino entoado por 42.421 vozes que prometiam jamais abandonar o Galo!
Que no domingo, o gol da esperança, que tanto esperamos seja marcado, e que isolemos de uma vez por todas, essa zona incomoda que nos persegue.
Que no domingo, o gol da esperança, que tanto esperamos seja marcado, e que isolemos de uma vez por todas, essa zona incomoda que nos persegue.
ABRAÇOS MASSA!
Matheus Canazart
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