A bola voa, voa e
encontra os pés do ex-goleiro, agora santo, Victor. As
perguntas ganham respostas. A história centenária ganha novas páginas de destaque. Victor ganha auréola e o
Atlético
ganha a vaga na semifinal. A América começa a ser pintada de preto e de branco.
A bola voa e afunda as
redes. Scocco, Scocco, por que tanta precisão em uma cobrança de falta? Será que dá para reverter? Não podemos tomar gols e temos que fazer 2.
Aquela bola era pra ter chutado, Bernard. Não é possível que tudo será jogado no lixo. Por que contra o Atlético? Ê Galo!
A bola voa. Esse apagão nos
deu luz! EU ACREDITO! Tem que ser agora! Vai, Galo! Bernard já fez a
parte dele. Chegamos longe demais, para acabar agora! Vai, GALO! Vai! Vai! Vai!
E foi... foi a vez do
vilão
virar herói.
Vem aqui, Guilherme, sua estátua já está pronta. Obrigado, Kalil! Foram os 6 milhões de
euros mais bem gastos da história. Vamos para os pênaltis!
Mais uma vez, será no sofrimento. Agora seremos 8 milhões de
goleiros a frente dos cobradores do Newell's.
A bola voa... voa dos
pés
de Ronaldinho. É Ronaldo, você é o maior dos maiores! O Estádio
Ronaldo de Assis Moreira ainda será construído. Voa bola, voa para o fundo das redes,
porque a próxima o Victor vai pegar. Eu conheço o
Victor, ele vai defender!
A bola voa e... adeus
Newell's, a final é alvinegra. A final é nossa! É do
Galo!
Mais uma vez, a bola
voa. “Sai
daí,
Alecsandro, você vai atrapalhar o Victor!” Pittoni,
por que tanta precisão? E lá vamos nós reverter um 2x0 outra vez. Como nunca, EU
ACREDITO! Acredito no Santo, no Michel, nas Torres Gêmeas, no
Júnior,
no Pit-Bull. Acredito no Josué, no MITO, no garoto das pernas alegres, na
Metralhadora do Diego, no artilheiro da Libertadores! Eu acredito, mais do que
nunca, no azarado e no novo, porém velho, Mineirão! EU ACREDITO no Atlético!
Vamu, Galo! É a nossa vez.
A bola voa, voa por
uma eternidade. Um filme passa pela cabeça dos atleticanos enquanto a redonda realiza sua
jornada. 105 anos de alegrias e tristezas, mas principalmente de amor à camisa
alvinegra. Vai, Galo! Vai Leonardo, coloque seu nome ao lado de Simon Bolívar e Jô,
liberte a América. Parodie Monroe, faça a América
para os Atleticanos. Pronto! Explode Mineirão, faça o mundo lhe ouvir. EU ACREDITO! Metade do
caminho foi feita, agora é com o Santo.
A bola voa... por um
segundo o tempo para. Que recuperação digna de Atlético. Superamos os dias ruins de anos atrás, chegamos
ao topo. Claro que queremos a taça, mas a maior conquista foi ver o Atlético
voltar a ser o Galo Forte Vingador. Um filme passa na cabeça de
cada um dos 8 milhões de Atleticanos. 1977, 80, 81, 95, 99, 2001,
2005... décadas
se tornam milésimos de segundos aos nossos olhos. Voe bola!
Voe para longe! E voou, voou até encontrar a trave direita de Victor! A América é do
Galo! A América
é
NOSSA!
Pela última vez no ano, desta vez em Marrakech e pela disputa pelo Mundo, Ronaldinho chuta e a bola voa...
VOA, MASSA!
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