Altaneiro, sufocante e perigoso. Esse é o Atlético jogando em Belo Horizonte, com a força do torcedor que sempre apóia e canta o mais alto que pode. Um time que pressiona o adversário desde o minuto inicial e não descansa até que o marcador seja aberto.
Treze; treze anos se passaram desde a última participação do Atlético em uma Copa Libertadores, excetuando-se a vitória sobre o São Paulo - que não nos remete à tal competição, visto que o adversário era nosso vizinho.
Em 2000, o time de Guilherme e Marques não conseguiu vencer - ou sequer pontuar - em nenhuma partida fora de seus domínios, classificando na primeira fase com apenas os nove pontos conquistados em Belo Horizonte. Seria, ou melhor, será essa a tônica do Atlético treze anos depois? Vencer em casa e perder fora? De fato o Galo não se dá muito bem jogando em territórios além das terras verde a amarelas. A última vitória fora de casa em uma Libertadores veio contra o Cerro Porteño, em 1981, ano do fatídico jogo com o protegido do Rio de Janeiro.
Mas por que nós, torcedores, devemos acreditar que esse ano será diferente? Porque acreditemos que o Alvinegro será capaz de se impôr não somente no Brasil? O primeiro motivo está preso em nós, está conosco onde estivermos: o espírito Atleticano, que, mesmo que eu quisesse, não poderia descrever. Todavia, há muito mais que apenas sentimentos envolvidos em nossa (minha, ao menos) confiança em um campeonato sólido e digno.
Hoje o Atlético tem um time muito mais competitivo e qualificado que aquele, eliminado pelo Corinthians nas quartas-de-final treze anos atrás. O elenco atual mescla muito bem a correria com a posse de bola, porque sabe jogar tanto em velocidade pelas pontas, com Bernard e cia., quanto pelo meio, com a sabedoria do maestro Ronaldinho, que, aliás, é mais um dos fatores - um talvez seja pouco - que me trazem confiança. Mesmo que não jogue bem, não encante quem vê, Ronaldinho, só por sua presença, já será um diferencial. Será um diferencial porque só de estar em campo ele já causará um rebuliço no adversário, puxando, ao menos, dois marcadores. Porque juntamente com Gilberto Silva, experiente e rodado, poderá instruir os mais jovens do elenco, passar conselhos e macetes, afinal, é de ciência comum que não se joga uma Libertadores somente com a bola.
O Galo atual já mostrou que tem mais alternativas que um simples "chutão" para o atacante central, já mostrou que sabe encontrar espaços tabelando com passes rasteiros. O time também é muito versátil e tem não só os onze titulares, mas vários suplentes que podem entrar e mudar o panorama das partidas. O que mais me alegra é ver que Cuca tem dúvidas na hora de escalar o time que entrará em campo, porque, em tempos passados, a dúvida era causada não pela qualidade dos reservas, mas pela falta de opção e qualidade dos titulares.
Dentro das quatro linhas, estes são os fatores que me fazem crer em uma grande competição. Contudo, fora dele, vem o mais importante: a força da torcida que nunca abandonará o time. Não são 41 anos que nos fazem deixar de apoiar incondicionalmente o Alvinegro. Essa torcida que encanta não só no Independência, mas também no exterior, esgotando os ingressos de cada partida fora do Brasil, será mais uma força para motivar nossos jogadores.
O Brasil inteiro já conhecia, mas chegou a hora da América saber da força do Atlético e de sua torcida. Hoje, quando o apito do árbitro der início ao jogo, todos nós estaremos vibrando com cada lance do Galo, seja no estádio argentino, seja em território brasileiro, seja onde o Galo estiver presente, porque enquanto houver uma mínima esperança nós lutaremos até o fim, porque nós somos Atleticanos. Vai pra cima deles Galo!
Eu quero o Galo de volta...
Muito show, vai pra cima deles GALOOOOOOOOO
ResponderExcluirMuito bom o texto, de arrepiar. Ótimo esquenta pro jogo!
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