Enlouquecidos, fanáticos e donos de uma paixão insaciável. Quando se trata da torcida atleticana este fanatismo é ainda maior. O que se passa na cabeça de alguém que bloqueia a "liberdade" deste torcedor, de levar ao estádio sua faixa, sua bandeira e tornar o espetáculo futebolístico ainda mais bonito? Talvez uma tentativa de impor regras, mudar o estilo da torcida. Talvez só mais uma forma desnecessária de arrecadar dinheiro, às custas do nosso amor.
Falta aos administradores desta competente empresa uma visão mais realista do que se passa no futebol brasileiro. Uma europeização deste jamais será possível, tendo em vista a forma como agem os torcedores. Não iremos nos sentar e aplaudir sem emoção alguma o nosso time, que nos desperta tanta paixão. Nós torcemos e vibramos de pé, com muito barulho, com muita empolgação. Com bandeiras, com faixas, com músicas, transmitimos emoção.
Que criança não se emociona ao ver na arquibancada uma bandeira enorme, subindo e encobrindo as pessoas, com as cores preto e branco? Que pessoa não se contagia ao ver as bandeiras tremulando após um gol, colorindo o estádio? Há alguém que prefira ver nas grades o melancólico cinza do que as enfeitadas faixas das torcidas organizadas? Já não bastam as inúmeras publicidades do gramado, agora querem invadir o espaço do torcedor?
Aliás, por falar em grade, recordo-me do crucial problema que os digníssimos senhores ainda não resolveram. Que moral tem alguém que proíbe o uso de bandeiras na Arena, alegando o comprometimento da visibilidade, mas, em contrapartida, não permite que o torcedor assista o jogo sentado, uma vez que grades atrapalham sua visão? Não existe coerência nas atitudes desta administração. Quem paga o preço da incompetência de vocês, é o torcedor.
Um estádio pequeno, que não comporta a torcida alvinegra. Um estádio que alega ter esgotado todos os ingressos para uma partida, mas aparece com cadeiras vazias. Um estádio onde o torcedor paga um altíssimo valor para assistir o jogo e nem mesmo sentado pode ficar. Um estádio onde diretores proíbem a utilização de instrumentos que só reforçam o apoio, o amor ao time. Um estádio onde não se pode nem mesmo balançar uma bandeira...
Pois fiquem sabendo que quem os sustenta somos nós, torcedores. Mas nós não queremos ir ao estádio e nos sentar, calando-nos até o apito final. Queremos ver as bandeiras balançando, as faixas chamando a atenção de quem vê a partida; queremos pular, vibrar e incentivar o Galo. Não nos privem de um dos nossos maiores prazeres, que é torcer para o Atlético, acompanhar o Atlético, viver o Atlético. Não cometam um erro desnecessário.
A repressão não é a melhor saída para nada. O desejo de ver uma torcida que só bata palmas pode existir, mas não é por meio da proibição do uso de faixas e bandeiras que atingirão este objetivo. Não nos tratem como torcedores comportados, não exijam que nos tornemos torcedores apaixonados. Nós somos Atleticanos, nós torcemos com o coração. Nós fazemos a festa nas cadeiras numeradas e nunca deixaremos de pular e expressar nosso amor.
Entendam também que se hoje parece lucrativa a colocação de publicidade nas grades, mais tarde, com uma possível saída do Atlético deste estádio, o prejuízo será muito maior. Repito, a maior fonte de renda do estádio é a torcida Atleticana, portanto, tratem-nos com o devido respeito e não proíbam o que sempre vigorou por aqui: o amor eterno de uma torcida e a empolgação contagiante das torcidas organizadas.
Que os encarregados repensem na proibição dos instrumentos e deem um novo final para esta história. O torcedor há de poder festejar da maneira que quiser, desde que não infrinja leis. Repensem na proibição e não puna-nos pela própria incompetência. Retirem as grades, cortem-nas, coloquem vidros mas não inventem desculpas inexistentes.
Obrigado pela atenção.
O texto reflete exatamente a nossa situação de torcedor. Agora o que podemos fazer para revindicar nosso direito de torcer com alma e não como um robô. Algo tem que ser feito!
ResponderExcluirPrecisa mudar isso rápido. Apenas proibiram, mas não disseram os motivos. E o Galo vai ter que jogar lá nos próximos 10 anos.
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