Pierre nunca fez um gol com a camisa atleticana, nunca sequer deu uma assistência desde 2011, quando escolheu o alvinegro para nunca mais ser esquecido. Em mais de 150 jogos, Pierre se associou ao Galo. De jeito humilde, o pitbull colocava o adversário - quase que literalmente - para escanteio. Era um verdadeiro galo de briga, estufando o peito e impedindo a vida fácil dos que tentavam passar por ele.
Pierre, desde 2011, acreditava. Não só nele, mas como também acreditava no Atlético. Veio e, junto ao Galo, mudou a página e sua própria história. O volante estava encostado no Palmeiras, sem pretensão de ser utilizado. Pierre queria mais. O Galo precisava de mais.
Foram vitórias, vitórias e mais vitórias com o sangue alvinegro de Pierre derramado em campo, em cada dividida, em cada segundo de jogo. Os títulos nos anos seguintes coroaram a reviravolta na história atleticana e na do pitbull, que misturaram a raça da camisa com a raça do volante.
Pierre não estará em vídeos de gols bonitos. Pierre não estará na lista dos maiores artilheiros. Pierre estará no Horto, em cada grama. Em cada suor derramado em campo, ali estará Pierre. Em cada gota de sangue, ali estará Pierre. Em cada momento em que a raça do Clube Atlético Mineiro prevalecer, ali estará Pierre e ali estará a nossa gratidão por cada dividida, por cada roubada de bola, por cada título em que Pierre ajudou a conquistar na raça e no coração.
(arte de José Augusto)
Rafael Orsini
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