O dia 3 de fevereiro de 2013 finalmente chegou. O reencontro com nossa antiga casa, com algumas diferenças, estava para acontecer a algumas horas do momento que acordei, quando só pensei em qual camisa vestir e qual primeira música cantar.
A ansiedade não permitiu que eu ficasse muito tempo dentro de casa. Já às 9h30 me encontrava no bom e velho "Bar do Peixe", reduto antigo de atleticanos que ficavam ali bebendo suas cervejas e aquecendo a voz. Aos poucos a rua ia enchendo, os caminhos ficavam intransitáveis e a Massa ainda mais ansiosa para rever o time no bom e velho Mineirão... Bom?
Mais uma vez, a tal da ansiedade não me deixou ficar muito tempo do lado de fora do estádio. Já quis logo adentrar dentro do Gigante da Pampulha e ver como deixaram meu amigo depois de 3 anos longe. As surpresas começaram antes que eu esperasse. Logo na entrada, a desorganização total: um amontoado de pessoas, sem divisórias e com a polícia de braços cruzados, tentando acessar o estádio. No calor que fazia, uma mulher desmaiava e os únicos que tentavam socorrê-la eram os próprios torcedores.
Passamos pela entrada! Ufa. Pera aí, cadê a revista? Ah, deixa para lá. Qual o setor que é o meu? Tanto faz. A falta de vistoria também era na hora de acessar o devido lugar. Vamos entrar logo, mas deixe-me comprar algo no bar... Pensando bem, não estava com tanta fome assim. O estabelecimento está fechado e a fome foi embora junto. Vou tentar, pelo menos, ir ao banheiro. Até que isso tá ok, tirando o fato de não ter papel. Deixe, deixe... Deve ser coincidência.
Finalmente, nas arquibancadas. Não conseguia parar de observar como o estádio tinha ficado bonito. Acho que estou com sede, vou comprar uma água... É, também não tem água. COMO? É, não tinha água. Tropeiro? Estava na memória. Precisaria aguentar a maratona sem almoçar por conta disso.
Ah, sobre o jogo? Sobre isso, não há muito o que falar. O Atlético estava de férias ainda e o Cruzeiro soube aproveitar e ganhar na bola. Perdemos para nós mesmos, para a incompetência dos jogadores de finalizar o jogo.
Enquanto isso, nós, torcedores (independente da camisa), também perdemos. Entretanto, estamos perdendo por incompetência de nossas autoridades. A Minas Arena retira o "velho" estádio e nos entrega o "novo", com problemas surpreendentemente novos. A PM faz vista grossa e não suporta a demanda da nossa festa. O governo maqueia os problemas e aplaude o estádio da Copa. A imprensa diz que está aprovado. Se estádio "aprovado" é aquele que falta água, estrutura, devido policiamento, atendimento adequado... Já não entendo mais nada.
Aplaudamos o estádio da Copa, aplaudamos o mundial de 2014, aplaudamos a retirada do verdadeiro sentimento que está virando apenas memória. Ah, verdadeiro Mineirão... Que saudade que eu estou de você!
Edição sobre imagem de Bruno Cantini | Site Oficial do Galo
Saudações Alvinegras!
Rafael Orsini
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