Prazer, Clube Atlético Mineiro.

O futebol apresentado contra o Fluminense foi diferente. A garra, raça e vontade, costumeiras em desaparecer durante esse mais um ano de trevas para os torcedores atleticanos, teve presença marcante na partida. O que acontece com o Atlético que tem o poder de converter o impossível em possível? Converter descrédito com esperança?

A camisa alvinegra parece ter um poder. Como uma roupa que dá super poderes, o manto sagrado transforma os jogadores em raça pura. Transforma a pouca vontade em garra. Para isso acontecer, o usuário do manto deve ter, no mínimo, uma coisa: respeito a essas cores. Mas há aqueles que não se "transformam", mesmo com a camisa preto e branca no corpo. Falta dedicação desses que são contra a armadura.

Mas a armadura é mais forte. Expulsa esses insurgentes e não os deixam honrar a camisa. Ela os tira de campo e diz, com a bravura que ela sempre demonstrou: "só usa quem merece!". Quem merece, não costuma nos decepcionar.

Ok, ok, o Fluminense tinha 5 desfalques... Mas o Galo ganhou. Isso que importa! A raça, amiga do vingador, voltou em campo, deu seu tom de voz e foi determinante. A camisa jogou. O Clube Atlético Mineiro jogou. O Galo, por certo momento, foi cada um dos 11 jogadores em campo. Foi a segurança da instuição, refletida na defesa; a raça de deixar o time em pé, representada pelo meio de campo; e a vontade, representada pelo ataque alvinegro. O treinador? Foi a representação que ainda há alguém que, mesmo errando às vezes, sabe mostrar para seus comandados o que significa essa instituição.

"Uau, o camisa 83 do Atlético está jogando demais". "Meu Deus, que qualidade está demonstrando o atacante alvinegro". Não meus caros. Não foram os jogadores que jogaram muito. Foi a camisa alvinegra demonstrando, mais uma vez, o seu poder de reação. Esse é o Atlético: o poder de uma nação e duas cores que fazem uma história jogar por si própria.

Saudações Alvinegras!

twitter @RafaelOrsini_ / @Pa1xao3log

Imagem: Gabriel Castro | Observatório do Esporte